Por Carolina
“O que há de mais terrível na comunicação é o inconsciente da comunicação” (Pierre Bourdieu)
Com os avanços tecnológicos e a implantação de jornais e revistas eletrônicos, muitos jornalistas tratam a informação apenas como uma mercadoria. Fazem de tudo para dar a informação primeiro e esquecem que para informar bem, é preciso estar bem informado.
A credibilidade que foi depositada nos jornais impressos quando estes surgiram se deu pelo fato de eles apresentarem matérias raras, coisas que ninguém sabia que existiam. Hoje em dia, a credibilidade de uma notícia, se dá devido ao fácil acesso a Internet, as pessoas podem ver a qualquer tipo de matéria, seja ela feita por apenas um texto, ou apresentada por um jornalista sorridente que conecta as pessoas e dá mais veracidade às notícias.
O mercado da comunicação é cada vez mais ativo e competitivo, como já foi dito mais acima, alguns tratam a informação como mercadoria. Exemplo disso é a imprensa britânica que é considerada a mais competitiva do mundo com jornais que estão engajados numa luta sem piedade de todos contra todos, e onde todos os tipos de golpe são permitidos (baixa de preço de venda, prêmios promocionais, compra de confidência, etc.).
A morte da Princesa Diana, por exemplo, deu aos jornais britânicos, que estampavam o rosto dela nas capas, ou anunciavam na sua manchete a sua morte, os recordes de vendas. Às emissoras de televisão, que fizeram documentários sobre sua trajetória de vida, especularam a sua relação com a família real, e relembraram as suas atividades em favor dos menos favorecidos, o ibope tão esperado. Foi um turbilhão midiático jamais visto em nenhum outro momento.
Fontes: A tirania da Comunicação - Ignácio Ramonet
quarta-feira, 27 de maio de 2009
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Eu axo que nesses novos tempos a informação está sendo mera mercadoria.
ResponderExcluirÉ uma correria pra ver qual emissora dá a notícia primeiro e as vezes esta noticis é dada sem nenhuma credibilidade.
gostei do texto, mto interessante.
é um tema bem legal.
É verdade, o que muitos jornalistas e empresas jornalísticas colocam como prioridade hoje é mais dar o furo do que investigar a notícia. Fora isso, temos que levar em conta também que hoje em dia mesmo o jornalista ético não tem mais tempo para investigar as informações, nem para refleti-las. Hoje o jornalista está tendo que fazer tudo, investigar, sair as ruas, escrever o texto, se bobiar tem que tirar até foto enquanto faz uma entrevista. Isso, como Ramonet disse, forma um grupo jornalístico enxuto e a informação passada fica propensa a erros que a tornam falsa. Além de tudo, essa vulnerabilidade faz também com que o público não confie mais na veracidade das informações transmitidas pelo jornalista.
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